Atualmente 80% dos alunos do Fagundes Varela são alunos indígenas. Mesmo entendendo que todo o dia é dia do índio, não podemos deixar de fazer nossa homenagem.
PARABÉNS A TODOS OS ÍNDIOS DO BRASIL, ESPECIALMENTE OS DA RESERVA INÍGENA DO GUARITA E ALUNOS DO FAGUNDES VARELA.
UMA HOMENAGEM A TODOS OS ÍNDIOS DO BRASIL
Somos filhos da terra cor de urucum.
Dos sons do igarapé e da força do jatobá.
Das águas do Araguaia, do Tapajós, do Iguaçu.
Somos filhos do sol de Kuaray, da lua de Jaci.
E da chuva que semeia o guaraná, a pitanga e o aipim.
Somos filhos dos mitos.Do uirapuru e seu canto, do vento e do pranto.
Guerreiros, fortes, sábios. Somos Ianomânis, Guaranis, Xavantes, Caiabis.
E o que somos nunca deixaremos de ser.
Autora: Zeli Poa (Jornal Zero Hora)
UM POUCO DESSA HISTÓRIA
Em 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil, estimava-se que havia por aqui cerca de 6 milhões de índios. Nos anos 50, segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, a população indígena brasileira estava entre 68.000 e 100.000 habitantes. Passados os tempos de matança, escravismo e catequização forçada, atualmente há cerca de 280.000 índios no Brasil. Contando os que vivem em centros urbanos, a população indígena ultrapassa os 300.000. No total, quase 12% do território nacional pertence aos índios. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia em torno de 1.300 línguas indígenas. Atualmente existem apenas 180. O pior é que cerca de 35% dos 210 povos com culturas diferentes têm menos de 200 pessoas. Hoje em dia, o que parecia impossível está acontecendo: o número de índios no Brasil e na Amazônia está aumentando cada vez mais. A taxa de crescimento da população indígena é de 3,5% ao ano, superando a média nacional, que é de 1,3%. Em melhores condições de vida, alguns índios recuperaram a sua auto-estima, reintroduziram os antigos rituais e aprenderam novas técnicas, como pescar com anzol. Muitos já voltaram para a mata fechada, com uma grande quantidade de crianças indígenas. "O fenômeno é semelhante ao 'baby boom' do pós-guerra, em que as populações, depois da matança geral, tendem a recuperar as perdas reproduzindo-se mais rapidamente", diz a antropóloga Marta Azevedo, responsável por uma pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos em População da Universidade de Campinas. Com terras garantidas e população crescente, pode parecer que a situação dos índios se encontra agora sob controle.
Mas não! O maior desafio da atualidade é manter viva sua riqueza cultural.
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